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sábado, 30 de janeiro de 2021

Preservação - Corrente de Ecosys

 

Quando fico em silêncio 
Silêncio me preserva 
Preserva e evita 
Evita meu desgaste 

Desgaste não me apraz 
Apraz o crescimento 
Crescimento se faz 
Faz com a harmonia 

Harmonia para difundir 
Difundir entre todos 
Todos que queiram 
Queiram abraçar a causa 

Causa nobre é promover a Paz 
Paz e Bem-Estar precisamos 
Precisamos conjugar 
Conjugar o verbo conciliar 

Conciliar é o caminho 
Caminho que nos conduz 
Conduz à apaziguar 
Apaziguar com o silêncio .

Diná Fernandes

Ecosys vem de Eco + Sys a escritora e poetisa criadora do estilo Experimental

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Há tempo para tudo


Há um tempo para amar e sonhar
Para esperar, para vestir-se de ilusão, 
Há também o tempo de chorar
E com as lágrimas lavar o coração

Há um tempo para esquecer
Todas as dores e tormentos,
Há um tempo para querer viver
Vida plena de encantamentos

É quando o coração se desnuda
Despede-se das mágoas se enche de luz
Livre dos grilhões e da boca muda
Liberta-se da pesada cruz


Diiná Fernandes



segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Terei esse prazer um dia?

Publicados no Agbook






Essa minha alma vagante
Que pensou um dia ser poeta
Vaga como andarilha errante
Procurando uma porta aberta

Vaga como eterna militante
Por entre becos e retas
Buscando talvez uma ponte,
Não há ponte, há arestas...

...Arestas aparas e corte
E se grana não me resta
Sobra-me essa única fonte
Que a net me empresta

Até que um dia se encontre
Quem se lembre da suplicante  poeta
Que batam à minha porta e me conte
Que publicar é gratuito... Oh festa!

Diná Fernandes

 
                                          



sábado, 16 de janeiro de 2021

MISTÉRIOS DO UNIVERSO

 

‘’No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E no planeta um jardim
e no jardim um canteiro
no canteiro uma violeta
e sobre ela o dia inteiro

entre o planeta e o sem-fim
a asa de uma borboleta.’’
CecIlia Meireles

Em qual posição o espaço
geográfico se encontrará
para equilibrar um planeta?

Os mistérios existem,
jamais serão desvendados,
o homem busca a harmonia
aproxima-se dos elementos
e novamente sente o quanto
deles se distancia.

O homem   não consegue entender
a complexidade do Universo em que vive,
tampouco ter o domínio, por que este,
pertence ao sem-fim.

A sabedoria humana 
não é suficiente para desvendar os mistérios divinos.

Diná Fernandes




sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Sonho perdido


Quando me vi despedaçada,
Em cada lágrima escorrendo
Fragmentos de um sonho perdido,
Nada fiz para conter nem questionar
Como, onde e por qual razão
O destino estava mudando toda
Uma trajetória.

E como numa prece silenciosa
Dei tempo ao tempo, deixei que
Todas as lágrimas caíssem o tempo
Necessário, até que eu pudesse me recompor
Como num ato de renovação.

E evoquei a luz para clarear os meus dias,
O entendimento para um olhar venturoso,
A calma para analisar o que via,
O sorriso para tornar tudo prazeroso,
A humildade para aceitar o que eu sentia,
Enfim, era um conceito de paz que eu pedia,
Senti-me renovada nesse momento valioso!


Diná Fernandes




quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Lembranças áridas

Lembro ainda,
da casa grande, 
do piso áspero, 
das alcovas e seus baús, 
As rusticas janelas, 
Paredes mal acabadas 
O velho fogão de lenha 
A mangueira que me abrigava 
O pátio gramado 
As árvores seculares, abrigo dos nômades 
Quando lá aportavam. 

O ribeirão de leito enfeitado de pedras 
E suas águas cristalinas serpeando,
e ali eu me banhava alegremente.
Hoje apenas ruínas . 

Dos maus tratos sofridos 
Não vale à pena citar, são lembranças áridas 
que vêm à tona, Ah, se elas tivessem 
a efemeridade da vida , ainda assim não têm força 
para deprimir meu humor. 
Primo pelo viver presente.

Diná Fernandes




quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O "SER" Mulher



E Deus criou o mundo
De cada espécie um casal
Criou também o homem
Pensou na sua solidão

E num momento glorioso
Criou o ser “Mulher”
Feita de carne e osso
De imagem escultural

Traz em seu divino ventre
A semente da fertilidade
Esta que lhe faz especial
-Gestar e multiplicar vidas

Como se de ferro fosse
Esse ser polivalente
Guerreira e destemida
Persistente e incansável

Inúmeros atributos lhes são impostos...
Desafio é sua bandeira de luta
Em todos os segmentos
Aos poucos se infiltrando

Reivindicando seus direitos
Mostrando o quanto é capaz
De impor ao mundo o merecido
Respeito com seu grito de guerra

Chega de discriminação!
Ser mulher é ser consciente
Ser mulher é ser edificante
Mulher não é apenas sexo

Mulheres feitas de aço
Mulher é a mais bela criação
Mulher que dá vida à outra vida!
Parabéns a todas as mulheres!


Diná Fernandes



Sob os olhos de Deus


Caminhar por terra salitrada
Sem o temor da má-aventurança
Nas quatro direções sentir-se vigiada
Sob os olhos de Deus, guardada com segurança.

A estrada a percorrer é ilimitada
Há veredas que não inspiram confiança
Atenta, pra não se perder no deserto da vida
Neste tempo de incertezas, é preciso temperança.

Caminhar por rotas infindas? Caminhe...
Criar um marco de referência, e com Deus, aliança
Dar acabativa nas propostas indefinidas
Almejando futuros dias de bonança.

Entre erros, acertos, e algumas recaídas
Mastigar o infortúnio, lutar com pujança,
Sucesso não há, sem vida aguerrida
Alcançar o último degrau, requer mudanças

Diná Fernandes



Prêmio poético

 

CERTIFICADO CONFERIDO AO TEXTO "ALTERNATIVA PARA UM MUNDO MELHOR" PREMIADO NUMA COMUNIDADE DO ORKUT!!

(POESIA BOA ESTÁ NA CABEÇA)




terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Traição


Mulher traída quando já perdeu a esperança
Cansada das falsas mentiras e desventuras
Carregando o fardo da traição, e insegura
Reina em seu coração, sede de vingança

Perdeu seu amor, amarga a dor da indiferença
Briga com o coração repleto de amargura
Quando diz, sai da frente, já perdeu a candura
Nada mais importa, resta a intemperança

Decidir é crucial, foram-se os dias de bonança
Seu espírito latente voa sem rumo, às escuras
É hora de soltar as amarras, sem perder a compostura
Com firmeza, pisa fundo e decidida avança...

Mulher traída é como fera sem mordaça
A alma gritando de paixão, ao amante ela assegura
O desejo de vê-lo sofrer, e o esconjura
Cuidado! Praga de mulher traída é mais que ameaça;


Diná Fernandes



Dilúvio de versos

 

É noite enluarada, o céu está prateado,
minha pena sempre vigilante
logo se inquieta, e as palavras rolando
ao branco do papel, dão-lhe cor vibrante.

A pena segue como um rio, serpeante...
Em cada traço vejo seu corpo ondulado.
Percorro seus montes, aclives excitantes...
Perco-me na sua geografia, fico aloucado.

Nessa indigestão mental de sentimentos
Ardendo de desejos e loucos delírios,
Divido com a lua e a poesia, os lamentos!
E sob a luz do luar, e das rosas, o eflúvio

Derramei os meus versos, portentos?
Não sei! Sei que vieram como um dilúvio!


Diná Fernandes





Libertação


Caminho e observo o sisudo  ar do tempo
tão sisudo como anda meu pensamento.
Mergulho em minhas memórias,
 sinto que olhar para frente é o caminho a seguir, 
às vezes, nego-me a tal coisa.

Sempre me rouba à atenção
um ou outro pensamento
querendo calar minha voz,
enquanto tento escrever
a palavra certa
que me mostre à porta aberta
para que eu possa prosseguir.

Sorrio para minhas feridas
gulosas de cura.
Sinto as cicatrizes perdendo
espaço na sala do meu coração,
esse que se faz feliz
por não mais sentir
a dor que lhe faz triste.

È uma luta de corpo e mente
em mim tão presente
como um sopro que resmunga
aos meus ouvidos,
a exata decisão de libertação.

Diná Fernandes


Amor Extraconjugal


Um louco desejo passeou em meu âmago
Instigou o coração a dividir os sentimentos
Contrariando o sagrado matrimônio, não nego...
Briguei com a razão, quebrei o juramento.

A essência “mulher”, em desassossego
Oscilando nas ondas da emoção, em momento
Aventureiro, desejando satisfazer o seu ego
Inebriada, seduzida e sem discernimento

Fraqueja, e, em dois caminhos sigo...
Entre dois amores, e o destino ao vento
Um é porto seguro, o outro, amor cego.
Quando a paixão corre nas veias, não tem jeito

O coração bandoleiro faz estrago
Divide fantasias, causa tormento
A mente é traiçoeira, o corpo pede afago
Por que será que o amor causa sofrimento

Diná Fernandes




Na calada da Noite


Quando fecho minha porta
Um pensamento me escolta
Tudo em mim se transforma
É a hora de alguma reforma...

O ego se vira e revira
Ideias logo se agigantam
Enquanto a noite se estira
Os detalhes se adéquam

Num dialogar persistente
Que me faz acreditar
Que a força da mente
Tudo pode modificar

E assim na calada da noite
Eu consigo espantar
Os insolentes açoites
E a minha vida transformar

E quando o novo dia nascer
Quero uma radiante manhã
Abraçar o astro rei e dizer...
Que a solidão não é de tudo, vilã!

Diná Fernandes



Fantasma- Dueto com o´poeta Daniel Valente


 

Aquele belo mocinho

Aquele belo mocinho
Olhos doces a me fitar
Olhava-me de mansinho
Querendo algo revelar

Sua face corada
Tomada de timidez
Sua boca rosada
Ávida de insensatez

Abraçou-me carinhosamente
Apertou-me contra seu peito
Beijou-me suavemente
Primeiro beijo, que calor no peito!

Perdi-me de mim, perdi meu chão
Inesquecível é o sabor adocicado
Daquele beijo dado com emoção
É algo que sempre será lembrado


Diná Fernandes


Persistência

."...Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois." (Mário Quintana)


Traçar metas e ter como
objetivo alcançar a realização,
é navegar nos sonhos.

Sempre há tropeços
na caminhada,
há que se ter sabedoria
para não transformar em
pesadelo um possível fracasso.

Prosseguir é preciso,
desistir não é o caminho. 
Novas investidas por
trilham mais audaciosas,
é não se permitir ser apenas
um mero Telespectador da vida.

Sentir os espinhos sem

esquecer de regar as pétalas.


Diná Fernandes.

Buscando-te - Proseando com Augusto dos Anjos

E todo o dia eu vou como um perdido
De dor, por entre a dolorosa estrada,
Pedir a Dulce, a minha bem amada
A esmola dum carinho apetecido. (Augusto dos Anjos)



Empobrecido de ti,
sigo como louco nesses dias
de sol ardente, de ventos quentes,
consumido pelo abandono,
ouvindo o sopro do vento
a indicar os seu rastros.

E quando te encontrar,
que me olhe com seus olhos
desejosos de um reencontro aloucado.
Não vês o quanto anseio
e imploro teu amor?

Não deixe que eu venha
fenecer assim nesse abandono,
nessa atonia quase agonizando.
Só o seu beijo me reanimará.

E o amor transcendente,
jamais permitiria
a negação do almejado beijo.

Oh! Santa mulher,
faz-me renascer!

Diná Fernandes

Vida cigana

Andarilho do mundo
sem paradeiro certo
não teme o perigo,
ignora as variáveis do
tempo.

Tem o céu como morada,
seu berço é indefinido.

Liberdade é a sua bandeira
desprendimento também
noite ou dia, tudo igual.

Sua vida insidiosa
rende-lhe os frutos
do preconceito!

Entra sem pedir licença
sua partida é
sempre silenciosa.

Seu horizonte...
cada dia  uma
nova aurora!

Diná Fernandes

Mulher cigana


Sou cigana misteriosa
Mulher de vida pária
O céu é meu abrigo
A lua é a minha luz

Sete sais coloridas
De chita, brim ou cetim
Flor no cabelo, boca carmim
Ginga ao som do bandolim
Cigana, ciganinha, ciganita

Tenho uma alma nômade
Cheia de mil encantos
Seduzir é minha arte
Meu olhar é rendição
Meu lema é a liberdade

Vou de um lugar a outro
Desbravo várias fronteiras
Vislumbro lindas auroras
Mas não tenho vida ufana.

Diná Fernandes

Medo de amar

Quisera me fazer presente
Na distância do seu olhar
Se não vens me cortejar
Deixa-me assim carente

Nem meu grito veemente
Nem minhas lágrimas a brotar
Nada, nada lhe faze ver claramente
O quanto desejo em ti estar?

Ares de um ser indolente
E quer meu coração engerelar
O que será que tem na mente
Que não lhe permite vislumbrar

O meu desejo voluptuoso
Meu corpo um eterno abrasar
Querendo seu beijo gostoso
E so a você me entregar

E como pedra, assim inerte
Recusa-se ao amor abraçar
Oh! Que alma incoerente
Renegando um doce amar.


Diná Fernandes

O tempo

O tempo tem suas funções naturais,
fluir e “acabar”, acaba a beleza,
o amor, as dores, as alegrias,
e segue indiferente .
Há o tempo das limitações que impossibilita as nossas ações.
Mas quem disse que o tempo acaba tudo?
Não! Há um amor resistente ao tempo...
o amor do poeta pela poesia, sua doação em versos
jamais se apaga.

Diná Fernandes



5ª Mostra de Danças Árabes, Ciganas, Flamenca, Indianas & Tribais (Gina ...


Nos cabelos uma flor
Na alma muita emoção
No coração muito amor
No corpo molejo e perfeição

Mulher cigana cheira a paixão
A dança lhe faz frenética
Toma o homem de emoção
É como a bebida energética

A beleza de alma cigana
Está no campo espiritual
É mulher que encanta
Com seu próprio ritual

Diná /Cabedelo
Jun2008




segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

A história do blog

NO CAFÉ LITERÁRIO EM JOÃO PESSOA- 2008

Em 2008 pela primeira vez criei um blog, a ele dei o título de A ciganinha Diná.
O e-mail de acesso era o mesmo do Orkut e era Yahoo, quando o Orkut encerrou as atividades meu blog foi junto, tio Google não mais me permitiu acesso. O blog continua ativo sem acesso, então estou criando uma réplica só que com o título de Alma Cigana.

Meus primeiro trabalhos publicados na blogosfera, estou transferindo para este, meus primeiros textos e bagagem literária crua como que, mas que afloraram de forma insistente. Um poeta me falou; não delete nenhuma palavra nascida em momento de inspiração, segui à risca, a poesia me conquistou.

Não tenho sangue cigano, mas tenho alma cigana, tenho fascínio pelo povo cigano, quando criança queria ser cigana, tem toda uma história de infância , dos maus tratos que sofri da minha mãe adotiva, é uma longa história.


                                      

É a forma de vida dos povos nômades, isto é, povos que não têm habitação fixa. Eles não permanecem em um único local. Os nômades são do tipo caçador-coletores, ou seja, vivem da caça, pesca e da coleta de alimentos. Quando há necessidade, deslocam-se para procurar melhores condições de vida.

O nomadismo era o estilo de vida dos primeiros homens sobre a Terra. Esta forma de vida foi abandonada por volta de 10 mil anos atrás quando o ser humano aprendeu a plantar. Com a agricultura, os povos não precisavam mais de ir em busca de outros lugares quando os recursos de uma área acabavam.



Minha alma cigana em Acróstico

M.Minha alma cigana sempre caminhante.
I. Indo e vindo, desbravando novas paragens.
N. Não se atém aos imprevistos do tempo.
H. Habita aqui e ali como andorinha emigrante.
A. Alma inquieta ávida de liberdade, escusa de liberalidade.

A.Amante da natureza , do amor e do viver pleno
L.Lugares tantos ainda há a percorrer,
M.Mulher destemida e nada futurista.
A.A efemeridade da vida clama pelo agora.

C.Carrego os sonhos nas asas imaginárias,
I.Inda que os dias não me sejam tão azuis ,
G.Gasto meu farto sorriso e exorcizo a tristeza.
A.Aportar em diferentes paragens, fascina-me!Oh,
N.Nomadismo ladino de minhas raízes... Sou
A.Andarilha , persigo, insisto e sempre chego lá!

Diná Fernandes


  

Minha alma cigana em poesia

                   
 Minha alma cigana,
Nem sempre compreendida,
Tida como insana
Só porque leva a vida...

Como pedra lodosa,
Que desliza e não enraíza.
Parece impetuosa,
Mas é mansa como brisa.

Mulher do fogo, terra, água,
Lua, sol e primavera...
Meu coração é livre de mágoa
Minha vida é eterna quimera

Vivo de acordo com o tempo
Sem pressa nem imposição.
Sou mulher ante-tempo...
Andarilha que busca inovação

Diná Fernandes





Olhar cortante

Olhar forte, atraente diz muito Suscita palavras, o coração Sente, traduz em silêncio, é fruto Do despertar que produz sensação Nas entranha...