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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Medo de amar

Quisera me fazer presente
Na distância do seu olhar
Se não vens me cortejar
Deixa-me assim carente

Nem meu grito veemente
Nem minhas lágrimas a brotar
Nada, nada lhe faze ver claramente
O quanto desejo em ti estar?

Ares de um ser indolente
E quer meu coração engerelar
O que será que tem na mente
Que não lhe permite vislumbrar

O meu desejo voluptuoso
Meu corpo um eterno abrasar
Querendo seu beijo gostoso
E so a você me entregar

E como pedra, assim inerte
Recusa-se ao amor abraçar
Oh! Que alma incoerente
Renegando um doce amar.


Diná Fernandes

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